Diversidade tem, mas depende…
27 Fevereiro, 2020A Disney sempre esteve presente na maioria das crianças do mundo através dos seus filmes clássicos que encantaram e encantam até hoje ao longo de quase 100 anos.
Voltada para o público geral, a Disney sempre fez suas animações e filmes voltadas para o público família de uma forma que a representatividade e inclusão sempre ficaram de fora das suas obras, sem contar, diversos exemplos estereotipados e preconceituosos que fizeram parte das animações durante anos e anos.
Uma das grandes discussões recentes sobre a Disney, seria sobre a Elsa ser lésbica, já que ela é uma das poucas personagens feminina que não possuem interesse amoroso com outro. Esse questionamento já foi levantado para os diretores do filme que sempre disfarçavam respostas e nunca davam uma certeza, afinal, como eles vão ‘transformar’ a personagem da Disney que mais lucrou nos últimos cinco anos?
Acabou que os fãs ficam até hoje desvendando a sexualidade da personagem
Também é notável que a Disney tem mudado algumas coisas no seu histórico e colocado mais representatividade em suas obras, como a Jasmine no live action de Aladdin, que teve uma grande mudança na sua personalidade (para o bem), a Bo Peep em Toy Story 4 que deixou de ser apenas par romântico do Woody para se impor mais e até mesmo a escolha da Halle Bailey uma atriz negra para interpretar Ariel, uma das personagens mais marcantes da história da Disney.
Recentemente, a Disney mudou o lançamento de ‘Love, Victor’ que seria no Disney+ para o Hulu, alegando que seria devido a abordagem que envolve exploração sexual e bebidas alcoólicas. No Instagram, a atriz Hillary Duff que vai voltar a interpretar Lizzie McGuire na nova série do Disney+ alfinetou a empresa dizendo “Parece familiar” no seus stories. Levando em consideração ao histórico da Disney, é difícil acreditar que seja apenas por causa desses critérios citados. Vale lembrar, que Lizzie McGuire está em pausa porque a showrunner da série se afastou do projeto devido divergências criativas, mas talvez não seja apenas por isso…
Na Marvel Studios as coisas parecem mudar, mesmo com diversos erros e falta de representatividade, o estúdio parece estar trazendo mais representatividade e trabalhando cada vez mais em personagens LGBTQ+ como em Eternos que será apresentado de fato o primeiro personagem gay do MCU. Além disso, a Marvel detém os direitos de X-Men o que pode trazer grandes mudanças significativas, mas esperamos do fundo do coração que o Mickey Mouse aborde de forma significativa e coerente a mensagem que X-Men passa para as pessoas.
A questão é que representatividade é vendável e isso não deveria ser novidade pra ninguém, já que estamos falando de uma da maior empresa do entretenimento, sem contar que a sua representatividade com pessoas LGBTQ+ são quase inexistentes, quadro com casal LGBTQ em Procurando Dory, e um dos diretores de Vingadores: Ultimato interpretando um homem gay em uma cena claramente feita pra mostrar que existe LGBT naquele universo com uma cena claramente forçada não é representatividade nenhuma, é apenas um mega desserviço mostrando que podem sim ter personagens LGBTQ, contanto que eles não tenham 1% de relevância nas telas.
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.