Crítica | X-Men: Fênix Negra

X-Men tem uma estrada de 20 anos desde o seu primeiro filme em 2000 desde então, a equipe formou e trouxe para os cinemas a popularidade de filmes de herois. Agora em 2019 temos X-Men: Fênix Negra o ultimo filme de X-Men que prometeu fazer uma nova versão da A Saga da Fênix Negra que vimos em X-Men: O Confronto Final.

Sinopse:

“Em ‘Fênix Negra’, os X-Men enfrentam seu inimigo mais formidável e poderoso: Jean Grey. Durante uma missão de resgate no espaço, Jean quase morre ao ser atingida por uma misteriosa força cósmica. Quando ela volta para casa, essa força não só a torna mais poderosa, mas muito mais instável. Lutando com essa entidade dentro de si, Jean libera seus poderes de uma maneiras que não pode compreender nem conter. Com Jean perdendo o controle e ferindo aqueles que ela mais ama, ela começa a devastar a própria força que une os X-Men. Agora, com essa família caindo aos pedaços, eles devem encontrar uma maneira de se unir – não apenas para salvar Jean, mas também o nosso próprio planeta, ameaçado por alienígenas que desejam usar essa força e governar a galáxia.”

Fênix Negra de inicio nos da a sensação de nostalgia devido a ver uma versão jovem da Jean Grey por causa dos quadrinhos que são bem presentes e marcantes dessa fase. A gente consegue ter mais atenção devido a historia da personagem esta sendo recontada e até mesmo conseguimos ver elementos muito parecidos principalmente quando Charles conversa com a Jean Grey quando criança. O roteiro do filme é bem fechado e não tem como discutir porque sabemos que o final do filme foi alterado do original, em relação aos filmes anteriores após Dias de Um Futuro Esquecido o roteiro faz sentido para o filme.

Um dos pontos altos do filme é como ele explora toda a situação da protagonista Jean Grey interpretada pela Sophie Turner que não teve uma boa recepção em X-Men: Apocalipse, mas, acredito que com o desempenho da personagem em Game Of Thrones como Sansa Stark muitas pessoas começaram a enxergar melhor a atriz como Jean já que a personalidade da personagem sempre foi muito forte e marcante em qualquer mídia. Ela consegue trazer muitos pontos da personagem que sempre focou em suas emoções já que um dos problemas da heroína é o controle dos seus poderes. Nesse filme, Sophie consegue trazer muita semelhança dos quadrinhos seja em frases de efeito e até mesmo um jeito de querer proteger mas ao mesmo tempo sendo controlada pela Fênix. Outro ponto positivo é como o filme explorou o egoismo e ego do Professor Xavier que é algo presente nos quadrinhos e que quem conhece sabe que ele não é lá toda essa flor. A personagem da Jessica Chastain é revelada e não foi uma surpresa, era algo que se tornou previsível com o tempo. Muitos achavam que ela seria a Lilandra mas acabou sendo uma alienígena de um planeta que a Jean Grey destruiu nos quadrinhos.

Os demais personagens como Ciclope, Kurt, Magneto, Mistica e Fera foram super bem mas acredito que foram melhores em filmes anteriores, no caso do Magneto e da Mistica. Alias, a Morte da Mistica é uma das cenas mais emocionantes porque apesar das pessoas não gostarem da Jennifer Lawrence no papel, é triste ver uma das personagens mais importantes de X-Men partir dessa forma. A Tempestade estava com os seus poderes bem mais fortes do que no filme anterior, em alguns momentos ela lembra bastante a Halle Berry mas não passa pra muito.

A trilha sonora é impecável, e o tema da Jean Grey é muito marcante e lindo. Hans Zimmer é o responsável por trilhas sonoras realmente boas e um dos grandes exemplos é de Is Whe With You a entrada da Mulher-Maravilha em Batman v Superman.

A Fotografia do filme é muito linda e os efeitos visuais estão bem superiores a qualquer filme que X-Men fez até então, as cenas dos espaço são bem trabalhadas e a forma que a Fênix envolve o corpo da Jean é muito bonita visualmente.

Sobre os erros, o filme apresenta alguns erros de roteiro, de logica mas não chega a ser coisas graves eu acredito que o filme entregou o que ele sempre foi.

Em uma era que estamos acostumados com grandes filmes de super-herois da Marvel acabamos fechando os olhos para filmes que estiveram há anos como X-Men que trouxe a popularidade de heróis para o cinema. A Saga de X-Men na FOX acaba de uma forma não tão majestosa, mas com nostalgia e com uma despedida aceitável. X-Men sempre vai ser uma equipe diferente, não é apenas uma equipe que luta para salvar o dia e ganhar aplausos da população, X-Men sempre será simbolo de resistência e mensagem politica, independente do que aconteça, X-Men sempre será um marco para os filmes de heróis.