Crítica | ‘Vingadores: Guerra Infinita’ é um ótimo filme, mas ainda há espaço para melhorar

Crítica | ‘Vingadores: Guerra Infinita’ é um ótimo filme, mas ainda há espaço para melhorar

26 Abril, 2018 1 Por Marcos Marques

Finalmente depois de 10 anos de espera, o início do fim da saga dos Vingadores chegou aos cinemas. Segundo Kevin Feige, o encontro dos heróis da Marvel estava sendo planejado ha muito tempo, e os fãs já aguardavam a batalha contra o vilão Thanos desde o início da franquia.

Atenção! A critica não contém spoilers e lembrando que é apenas uma critica do site em relação ao filme, não se baseie na nossa crítica talvez você tenha um ponto de vista diferente, o que importa é a sua experiência.

O protagonista do filme sem sombra de dúvidas é Thanos: ele é basicamente o rosto do filme e a Marvel entregou um bom vilão. Thanos é cruel e não tem piedade, passa por cima de tudo e de todos para conseguir unir as jóias do infinito. Seu relacionamento com Gamora é muito bem explorado e traz momentos bem emocionantes e cativantes para a personagem.

O filme divide os heróis em núcleos menores, misturando Vingadores, Guardiões e outros heróis solo. A “equipe” do Homem de Ferro é bem mais ativa no filme, tem uma conexão bem sincronizada e divertida, principalmente quando se juntam aos Guardiões da Galaxia. Pela primeira vez, o Thor tem um momento somente seu dentro da equipe: ele arrancou gritos na sala de cinema por ter se mostrado um verdadeiro deus. As cenas de luta, inclusive, são o auge do filme devido a sincronia de movimentos algumas que arrancam até suspiros e criaram momentos interessantes e surpreendentes.

Visão tem um momento único junto com Wanda: são cenas bem emotivas, embora a personagem em si comece bem morna, crescendo aos poucos ao longo da trama até chegar ao ápice no final. Vale lembrar que já é o terceiro filme que a heroína participa e ainda não conseguiram trazer um momento em que ela brilhe da forma que merece.

Alem disso, é mais um filme em que a Viúva Negra fica totalmente avulsa, o que é difícil de entender já que o estúdio aprova a ideia de fazer um filme solo da personagem. Ela, Capitão América, Falcão e Bucky foram os personagens menos trabalhados, o que é até compreensível, considerando o fato de que eles já tiveram suas histórias contadas. Ao mesmo tempo, esses elementos deviam estar mais presentes no longa, já que este propõe justamente um mega crossover de personagens.

Reprodução @ Marvel Studios

O humor do filme é do menor ao maior, mas não é bem dosado: piadas fora de hora que tornam cenas fortes totalmente cansativas. Em relação a produção, o filme está fantástico. Tanto as cenas na Terra como as cenas do espaço que ficaram bem bonitas, pouco se percebe um CGI gritante. A trilha sonora do filme é muito boa, mas bem esquecível.

De forma geral, o filme apenas peca em manter a fórmula do estúdio: ele teria tudo pra ser um filme mais arriscado, saindo um pouco mais da zona de conforto, algo que a Marvel tentou em Pantera Negra, mas não em Guerra Infinita. Em outras palavras, os defeitos não são exatamente do filme em si, mas sim da forma que algumas características do MCU vem sendo trabalhadas.

Mas leve um lenço se possível: pode chorar que ninguém vai rir, provavelmente vão chorar junto com você. E sim, a cena pós-créditos é de encher o coração de felicidade, portanto em hipótese alguma levante da cadeira quando o filme acabar.

Não perca, Vingadores: Guerra Infinita já está nos cinemas! E para se preparar para o longa, leia nosso especial de Coisas que você precisa saber antes de assistir Vingadores: Guerra Infinita.

Ficha Técnica

Titulo: Vingadores: Guerra Infinita

Ano: 2018

Direção: Irmãos Russo

Duração: 149 minutos

Classificação: 12 anos

Pais de origem: Estados Unidos

Sinopse: Thanos (Josh Brolin) enfim chega à Terra, disposto a reunir as Joias do Infinito. Para enfrentá-lo, os Vingadores precisam unir forças com os Guardiões da Galáxia, ao mesmo tempo em que lidam com desavenças entre alguns de seus integrantes.