Coluna | Quando super-heróis e política se encontram!
6 Abril, 2019 0 Por Giulia AlvesA comunidade geek sempre teve muitos debates em pauta, fossem eles sobre a qualidade de quadrinhos ou como adaptações no cinema deveriam ser feitas, sempre renderam longas conversas em fóruns e grupos. De uns anos para cá, é quase impossível não observar como essas discussões foram tomando proporções maiores, principalmente porque o meio teve uma ascensão grande.
Mas ai vem a questão pela qual escrevo esse texto: porque tanta gente acha que super-heróis e política são vias que não devem se encontrar?
Para início de conversa, é praticamente IMPOSSÍVEL que isso não aconteça. Super-heróis são políticos. É isso, um fato. Não existe questionamento ou necessidade de contextualização; suas histórias refletem problemas socioeconômicos e políticos observados por autores no mundo real.
Sem pensar muito, consigo citar diversos exemplos: Superman, lutando contra nazistas na época da grande depressão americana. Quarteto Fantástico, criado para induzir o interesse do público em ciência e tecnologia. Capitão América, símbolo para aumentar a autoestima norte-americana, foi alvo de MILHÕES de dólares em investimento do governo estadunidense, que mandou milhares de quadrinhos para soldados em combate.
Quando alguém se diz fã de super-heróis e não tem o mínimo de sensibilidade para observar que muitas das coisas que nossas personagens favoritas passam é literalmente uma realidade para várias pessoas e diz que política deve ficar longe de grandes editoras como Marvel e DC, acaba sendo totalmente desrespeitoso.
Ignorar os pontos que tantos escritores destacam no que escrevem e relativizar visões de mundo e como são mostradas na expressão de quadrinistas simplesmente porque você não aceita que “a turma do mimimi” seja presente em um formato de arte que sempre foi extremamente político é irresponsável e de caráter duvidoso.
Super-heróis, insetos, e super-heróis com nomes de insetos.
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