Crítica | “Homem Aranha: No Aranhaverso” é muito mais que uma simples animação!

Crítica | “Homem Aranha: No Aranhaverso” é muito mais que uma simples animação!

17 Janeiro, 2019 0 Por Talita Lopes

ATENÇÃO! Não leia se tiver problemas com algum tipo de Spoiler. Pode conter alguns detalhes indesejados da trama, sua leitura é de inteira e total responsabilidade sua.

Agarra-se em mais uma história de um dos maiores e mais icônicos super herói dos quadrinhos e embarque nessa aventura. Você acaba de entrar em uma página de uma revista em quadrinho e está convidado a viajar pelo mundo do Homem Aranha: no Aranhaverso. Surpreendente! Magnífico! Emocionante! Não tem adjetivos e pontos de exclamações que sejam suficientes para definir o filme após sair da sala de cinema. A estética do filme te faz pensar em todo momento como se estivesse dentro de um quadrinho. As cores, diálogos, cenários(assistindo em 3D fica ainda melhor) e a trilha sonora faz essa aventura ser ainda mais alucinante. A dublagem brasileira fica por conta dos dubladores originais dos primeiros da trilogia do Homem Aranha. A nostalgia começa daí.

Com o passar dos tempos, os quadrinhos vem se adaptando ao mundo onde precisamos destacar e diversificar cada vez mais os seus heróis, para que mais e mais grupos se identifiquem com quem está ali na telinhas e atrás da máscara. E não é diferente com um dos maiores heróis da Marvel, o Homem Aranha que ja teve outros mantos como o Ben Reilly e Miguel O’Hara. Miles Morales se torna um dos poucos heróis negros a ter o holofote direcionado a si e de forma correta.

O filme conta a trajetória do Jovem Miles Morales. Apresentado no universo Marvel Ultimate, ele é um adolescente sonhador, ingênuo e um fã de carteirinha do Peter Parker e com origem hispânicas. Além do Miles, são apresentadas outras várias versões do personagem de realidade diferentes, como a Gwen Stacy: Mulher Aranha. Homem Aranha: Noir. Porco Aranha e Penny Parker, uma versão asiática do personagem e um Homem Aranha com aparência cansada, fora de forma e indisposto, apenas com vontade de voltar para casa. Voltando a história do Miles, um jovem garoto que vai para uma nova escola e como um bom adolescente, ele ainda é cheio de dúvidas sobre seu futuro e em uma das aventuras escondidas com o seu tio Eron, que não é uma das melhores influências na sua vida, é picado por uma aranha radioativa. Ao voltar ao local da picada, ele se depara com ninguém menos que Peter Parker tentando deter Wilson Fisk de ativar uma máquina que pode dar acesso a um portal para o multiverso. Nesse acidente, acontece a morte do Homem Aranha, deixando uma grande responsabilidade para o pequeno Miles: usar um aparelho para reverter a máquina de Wilson Fisk.

Logo de cara, temos referências ao Homem Aranha clássico dos cinemas, essa é surpresa, mostrando também vários pontos da história do Peter Parker “original”. Stan Lee também faz uma ponta emocionante na tela e deixa a mensagem após a morte de Peter para Miles: Qualquer um pode usar a máscara e ser um herói! Mas só assistindo pra entender esse conceito. Diferente da vida de Peter que teve um tio com boas influências, Miles não teve tanta oportunidade assim. Um tio com uma revelação inédita, ao qual seu pai não queria que ele tivesse contato. Além disso, vilões clássicos dos quadrinhos vem aparecendo como a Doutora Octopus, o Escorpião, o Lápide e o Gatuno. Tia May está melhor do que nunca. Com ajuda dela todos os aranhas e Miles, conseguem o necessário para deter a máquina de Fisk. Mas até lá, Miles tem que entender para o que sua vida destinada e a responsabilidade de levar o manto de Homem Aranha, convencer aos seus novos colegas que ele é sim capaz de ajudar aos outros e restaurar a ordem.

 

VEREDICTO FINAL

Homem Aranha: No Aranhaverso é tudo e mais um pouco do podemos imaginar. Uma revolução no que chamamos de animação. Na linguagem, nos aspectos e na representação dos personagens. Você pode estranhar que um filme com tanto personagens possa não dar certo e não ter um bom desenvolvimento, mas a questão é que eles são bem apresentados e o foco é do Miles, que passa todas as ideias e propostas corretamente do personagem. Se existe um filme do teioso que acerta em tudo, podemos dizer que é esse. Sua trilha sonora é emocionante, por muitas vezes arrancando aplausos e choro de quem estava na telinha. Tudo é feito nos detalhes para que prende a visão do espectador e te deixe querendo mais. Você se sente na vida do personagem, nos seus dramas adolescentes, nas suas descobertas e responsabilidades. Aborda mensagens como a liderança, o perdão e a autoconfiança a respeito aos seus deveres. Tudo que precisamos pra se emocionar de início ao fim. O humor é na medida certa e o que falar do inovador estilo? É tudo exatamente como se tivesse passando páginas de quadrinhos e acompanhasse o personagem até a última página. Fiquem até as cenas pós créditos e aproveitem muito essa aventura!