Análise | O que achamos da primeira temporada de Titãs!

Análise | O que achamos da primeira temporada de Titãs!

16 Janeiro, 2019 0 Por Ida Carolina Curty

“Titãs” é uma série do DC Universe distribuída no Brasil pelo serviço de streaming da Netflix. A primeira temporada chegou ao Brasil no dia 11 de janeiro de 2019 e surpreendeu o público. Para começar a falar da série é importante destacar, mais uma vez, que ela é baseada nos quadrinhos, para ser mais exata, nos quadrinhos do George Pérez intitulado “Os Novos Titãs”, que está sendo distribuído pela Panini Comics com o título “Lendas do Universo DC: Os Novos Titãs”. Então para começar a assistir a série abra sua mente e esqueça as animações que não tem muito embasamento nas HQs.

Os protagonistas são os clássicos: Robin, Estelar, Mutano e Ravena. A primeira temporada da série explora o primeiro arco das HQs que mostra a vinda da Estelar para a Terra, o conflito do Dick com o Bruce e o arco principal, Trigon, o pai da Ravena. O principal motivo para o grupo se unir é o demônio Trigon, e nisso a série se mostrou bem fiel as HQs onde a Ravena une o grupo para deter seu pai, aqui foi meio que indiretamente, mas ela é o ponto chave. Outro arco bastante explorado e bem trabalhado foi o rompimento do Robin com o Batman. Dick Grayson, o primeiro Robin, cansou de ser a sombra do Batman e decide seguir sua vida sozinho, porém muito apegado a seu passado o que dificulta um pouco esse rompimento. O passado do Mutano, do Gar, não foi muito explorado e espero que isso mude na segunda temporada e que a série foque um pouco mais nele. Um destaque especial trago para Anna Diop, a nossa Estelar, ela foi simplesmente maravilhosa e os efeitos especiais para seus poderes foram fantásticos.

Um aspecto que a série pecou foi na distribuição de tempo de tela para os personagens, um foco muito grande foi dado ao Dick Grayson enquanto muito pouco foi dado ao Mutano. O os nomes dos episódios eram nomes dos personagens, portanto nos induz a pensar que o episódio seria focado no personagem mas não foi muito bem o que aconteceu, um exemplo disso foi o episódio do Jason Todd que mais contou o passado do Dick do que o do próprio Jason. O único episódio realmente focado nos personagens do título foi do Hank e da Dawn, que por sinal os atores foram maravilhosos.

Titãs logo no primeiro episódio já mostrou para que veio, usou e abusou do tema mais dark e violento, as cenas de ação foram muito bem trabalhadas e dirigidas com um destaque para o episódio 7, O hospício, na cena que o Dick luta com os guardas, meu deus, sensacional. As cenas de ação da Estelar também foram muito bem trabalhadas com os efeitos especiais muito bem feitos desde o primeiro episódio. Eu gostei bastante do CGI e confesso que tive muito pé atrás nessa questão antes da estreia, cogitei que não daria certo porém deu e muito. Outro ponto que me impressionou bastante foi o jogo de câmeras, os lances com o reflexo da Rachel logo no primeiro episódio já me impressionaram e isso foi evoluindo ao longo da série com cenas em plano sequência e as voltas que a câmera dava, o jogo de câmera foi realmente o ponto alto da série e a cada cena meu queixo caia mais e mais com a delicadeza e o cuidado que tiveram nessa questão. Ah, não posso deixar de destacar os trajes dos personagens, os uniformes dos Robins estão lindos e o Rapina e a Columba estão fidelíssimos.

Algo que me incomodou um pouco foi o filtro azul usado nas cenas, confesso que não gostei muito e até incomodou para assistir, em certas cenas o brilho estava no máximo e ainda assim não conseguia enxergar com clareza, dava para fazer o tom sombrio prometido sem abusar desse filtro, mas de resto a fotografia da série está muito linda e mais uma vez elogio a direção de todos os episódios que trouxe um ar cinematográfico a série desvinculando tudo que estávamos acostumados com as séries da DC produzidas pela CW. Titãs com certeza é a série mais fiel aos quadrinhos já produzida pela DC. A segunda temporada já foi confirmada antes mesmo da série estrear então nos resta aguardar pelo desfecho deixado no último episódio e com certeza queremos mais da Donna Troy e do Jason Todd, que foram simplesmente fantásticos, em especial a Moça-Maravilha que me deixou bastante curiosa, quero mais dela sendo explorada na segunda temporada. No mais é isso, Titãs cumpre tudo o que prometeu e muito mais, aguardando ansiosamente a segunda temporada e claro, as outras séries do DC Universe que devem intercalar umas às outras, especialmente Patrulha do Destino que vai contar com o Cyborg que posteriormente deve entrar para o elenco de Titãs.