Primeiras impressões | Loki – Glorious Purpose

Foi um longo tempo de espera, mas finalmente Loki estreou na Disney+. Essa quarta fase da Marvel está colocando o mundinho dos heróis para fritar os neurônios com diversas teorias e easter eggs, seja das fases anteriores ou dos elementos dessa própria temporada.

As consequências para Loki e as ramificações da linha do tempo em Vingadores: Ultimato – após fugir com o Tesseract – onde os Vingadores por acidente cometem um erro na viagem do tempo, deixando o personagem fugir. Quando o seu futuro já tinha sido definido. Difícil de esquecer o acontecimento, mas Loki foi morto por Thanos no início de Vingadores: Guerra Infinita e muitos ainda tinham dúvidas, até assistir esse episódio.

Essa era uma das mais aguardadas dúvidas entre os fãs do personagem e das pessoas que acompanham o MCU em geral. A série veio com essa premissa de responder várias questões em aberto, principalmente quando falamos dos sacrifícios passados e ainda tão polêmicas Jóias do Infinito.

Tom Hiddleston já havia conquistado o público em diversos outros filmes, entre eles, como vilão no filme Vingadores (2012), mas na série isso foi além e vimos o motivo dele carregar tantos fãs. A atuação carismática do ator, faz com que o próprio Loki seja esse personagem que se encaixa em todas essas coisas da Marvel que amamos. Como o humor ácido e um pouco de drama.

Com certeza é um dos projetos mais ambiciosos que a Marvel lançou até agora. Primeiro que a série consegue criar um hype num personagem que foi morto, sendo que a sua série se passa num período que o personagem ainda estaria vivo, mas fugiu da sua realidade principal.

Logo de primeira temos uma perceptível evolução de Loki, não apenas sendo um personagem com intenções malignas, mas questionamentos sobre quem ele é e o seu propósito. Mobius (Owen Wilson) foi um coadjuvante incrível à altura e terá um peso enorme nessa trama.

Reviver algumas cenas teve um peso emocional importante para o personagem e seus espectadores também. Essas reviravoltas no passado e estar frente a frente para confrontar suas ações, trazem novas contextualizações de como vamos enxergar o vilão. Isso (pode) indicar que não vamos esperar apenas por uma série de vilão vs vilão ou mocinhos. Mas que Loki vai começar a ter um trabalho real, com ele mesmo e suas diversas facetas e finalmente encarar seus atos irracionais.

As fases anteriores do MCU podem ter cativado bilhões de espectadores nos cinemas, mas concordamos em algo que é sobre como seus próprios foram reduzidos a mera comédias ou estavam apenas integrando aquela história dos Vingadores. Loki teve potencial para ser um dos maiores vilões da Marvel, mas acabou morrendo sem apresentar truques reais dignos do seu nome, Deus da Mentira e Trapaça.

Se você já é fã e estava esperando muito por isso, é quase impossível dizer que pode ter se decepcionado com o episódio introdutório a sua história. Além de nos dar algumas respostas – como a dos eventos de Vingadores: Ultimato – que sim, o que tinha pra acontecer, aconteceu e pronto, também nos dá um vislumbre sobre Loki do passado e outras ações não mostradas. Uma escrita inteligente e os incríveis visuais trazidos com uma ótima direção, além da notável conexão e química entre os personagens.

Assim como Wandavision começou a experimentar o multiverso, Loki veio para mostrar exatamente a complexidade do assunto e todas as possibilidades que a Marvel pode explorar histórias de outros personagens a partir dessas perspectivas.

Loki vai ao ar todas as quarta-feira no Disney+ as 04:00h da manhã.