Review | The Boys: Mandando Ver – Mais sujeira pra limpar
21 Setembro, 2020Seguindo a saga de The Boys, The Boys: Mandando Ver nos mostra mais detalhes sobre como funciona a equipe após Hughie entrar no grupo e se assumir como membro.
No primeiro volume, somos introduzidos ao universo de super-heróis que são problemáticos e que fazem de tudo para manter seus segredos escondidos. Agora, no volume dois, vemos como o grupo autodenominado The Boys trabalha para resolver os problemas no quais os heróis se metem. Em The Boys: Mandando Ver, temos o caso de um jovem gay que aparece morto após ser jogado de um prédio. Após o Carniceiro e Hughie visitarem um amigo, ele desconfia de que o super-herói Suruba tenha algum envolvimento no caso, fazendo com que eles comecem uma investigação para apurar o ocorrido.
Como já mencionado na review do primeiro volume, The Boys é um quadrinho muito pesado e que mexe com situações bem complicadas que podem ser desconfortáveis de ler. Parece exagero, mas mesmo entendendo a proposta da história, algumas coisas chegam a ser bem desagradáveis para o leitor. Dessa vez, o herói Suruba é apresentado como um homem gay, então a todo momento o quadrinho traz comentários homofóbicos feitos pelo personagem Carniceiro. Por outro lado, Hughie tenta amenizar a situação, mas fica claro que ambos têm uma visão extremamente estereotipada sobre o assunto.
Entendo que a intenção dessa história é mostrar uma sociedade podre e corrupta, da qual os próprios “heróis” fazem parte, mas acho que este capítulo força um pouco a barra em tentar chocar o público com situações desconfortáveis do que realmente servir ao propósito da obra.
Em O Glorioso Plano de 5 Anos, a equipe vai até Moscou para investigar um caso de um super que teve sua cabeça estourada do nada. Com a ajuda de Vas, um super-herói comunista aposentado, eles acabam descobrindo que tem a ver com o composto V, um elemento que é usado para expandir os poderes dos supers.
Diferente do primeiro capítulo, essa história é muito mais interessante porque está ligada aos eventos principais do quadrinho, e começam a surgir diversas teorias a respeito do conglomerado Vought, a equipe que gerencia os Sete. No primeiro volume, temos uma prévia sobre como funciona essa grande organização, e nessa história fica claro que a empresa é capazes de fazer qualquer coisa para manter o interesse do público em seus supers, até mesmo dar um golpe em outro país podendo até criar uma guerra mundial. Realmente é um jogo de interesses, onde eles querem tomar o controle da situação e ainda determinar como as coisas funcionam.
Ainda neste capítulo, temos dois personagens-chave: a Pequena Nina, uma mafiosa chefe do mercado negro e James Stillwell, executivo corporativo da Vought. Nina quer ter um cargo político na Rússia enquanto James Stillwell foi o responsável em alterar o Composto V para que fosse injetado em diversos supers que Nina mantém presos em um galpão. Além disso, existe um homem chamado Josef Chemenko que quer trazer o comunismo dos “velhos costumes” de volta, e Nina quer explodir os supers para que a Rússia fique ao lado dela e contrária a Stillwell e a Vought.
Neste volume, temos uma visão mais aprofundada e mais ampla do submundo que envolve esses personagens. Já sabemos que os supers escondem diversos segredos e se esforçam mais do que tudo para passar uma boa imagem para as câmeras, mas a cada volume percebemos que existe muita mais sujeira debaixo do tapete e que os The Boys terão muito trabalho para limpar tudo isso.
O quadrinho esta disponível na Amazon
Confira o último vídeo do canal:
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.