Review | Kriança Índia #1 – Branco não tem vez
3 Setembro, 2020Protegendo a Floresta Amazônica, Kriança Índia não tem medo de punir homens brancos.
Kriança Índia é um quadrinho escrito e desenhado por Rafa Campos e também desenhado po Álvaro Maia, que foi lançado em 2020 pela Editora Guará. O quadrinho fala sobre Kriança Índia, uma lenda que cerca a Floresta Amazônica e que costuma matar invasores, especificamente pessoas brancas.
A gente sabe que existem diversas histórias onde existem lendas e pessoas que protegem algo específico, no quadrinho também temos essa figura misteriosa que ronda pela região através de histórias e comentários. Acho que é bem óbvio mencionar que a história traz pra gente a imagem do índio lutando contra os seus opressores, pessoas que destroem a natureza e tudo que vê pela frente. Algo para se observar é como essas pessoas brancas demonizam a imagem do índio dando características ridículas e fantasiosas, além de se denominarem como raça inferior.
Ainda falando sobre a narrativa, o roteiro acerta em cheio em trazer um personagem que passa medo para pessoas brancas, é algo que dificilmente se vê em outras mídias mas aqui existe uma delicadeza, sabendo onde pôr elementos necessários para a história não cair em estereótipos. Existe também uma questão muito interessante sobre até onde as pessoas brancas são ruins, isso envolve uma parte bem específica da história onde é questionado o que realmente importa, quando Kriança Índia tem um confronto direto com um Lobisomem.
A arte é muito bonita e os traços são bem rústicos e ao mesmo tempo simples. É legal observar que o quadrinho não é colorido, existem apenas alguns destaques em amarelo que faz com que a história ganhe mais atenção.
Kriança Índia contém uma história bem legal, que não cai em estereótipo e se propõe a trazer uma visão diferenciada que mistura folclore, terror e história que reflete muito bem o quão perigoso é o homem branco.
O quadrinho esta vendo vendido no site da Editora Guará em formato PDF por R$ 4,90.
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.