Robin: Especial de 80 anos – O que é ser um Robin?
16 Maio, 2020Que o Batman é um dos (senão o) maior super-herói dos quadrinhos não é nenhuma novidade, mas assim como ele o manto do Robin se tornou extremamente popular, seja por suas diversas versões ou por ser companheiro fiel do Batman.
Robin – Especial Aniversário de 80 anos é um quadrinho comemorativo onde reúne algumas histórias inéditas dos robins que já conhecemos. Dick Grayson, Jason Todd, Tim Drake, Stephanie Brown e Damian Wayne possuem personalidades diferentes mas têm algo em comum: Batman
Analisando todas as histórias é engraçado imaginar como o manto do Robin evoluiu durante os anos, cada um deles possuem uma personalidade muito diferente e todos eles possuem relações não acabadas com o Batman. Sabemos que Bruce Wayne é um homem ferido, ele é um homem que luta por justiça e quer varrer Gotham de cabo a rabo (Usei essa frase da Renee Montoya em Aves de Rapina). Mas assim como Bruce é extremamente rígido com qualquer membro da Bat-família, ele também é muito rígido com os Robins e podemos ver isso quando Dick Grayson resolve de ser o Robin para seguir uma carreira solo, mas não por uma simples briga com o Batman, e sim porque ele quer proteger as pessoas acima de tudo e não quer receber ordens do seu superior. Dick logo se torna o Asa Noturna e funda os Titãs, e podemos ver a sua evolução mais a frente quando deixa explícito que ele é um ótimo líder e sabe comandar uma equipe.
Jason Todd também é um dos Robins mais conhecidos, afinal, ele foi morto pelo Coringa o que se tornou um choque e um dos momentos mais memoráveis dos quadrinhos. Nem tanto por essa questão, mas sim pelo fato de Jason ser um dos robins mais populares entre os fãs. Mas nessa historia, Bruce se mostra muito afetivo ao Jason, porque conseguimos sentir uma conexão entre eles e uma fragilidade vinda do Batman.
Agora chegamos em Tim Drake, que também é um dos mais populares e que possui um coração muito puro, nessa história vemos Tim com o diretor do seu colégio indicando diversas áreas de trabalho caso a sua carreira como agente da lei não dê certo. Aqui podemos observar a verdadeira essência de ser um Robin. Enquanto o diretor joga diversas áreas de trabalho para Tim, ele apenas pensa que já faz tudo isso sendo o Robin, salvando crianças, idosos, trabalhando com a ciência e exercitando o seu corpo como um atleta. Em seguida, Tim faz uma reflexão em como é ser o Robin se baseando os anteriores como Dick e Jason. Ele tem inspiração nos que vieram antes dele e é nítido o quão ele quer crescer e também se tornar algo muito além de ser um Robin, algo que todos eles gostam de seguir.
Como posso definir Stephanie Brown? Ela é diferente dos outros Robins, ela acaba de se tornar uma mas não quer que as pessoas a vejam como uma ‘Robin’, deu pra entender? Vamos lá, Stephanie não quer se encaixar nos padrões de ser um Robin, ela quer mostrar que possui personalidade e quer mostrar ser capaz, quer ir para cima do inimigo e mostrar que não precisa da proteção do Batman e que ela está preparada para chutar bundas. Batman entende que Stephanie é diferente, que ela tem uma personalidade e pode se virar sozinha, afinal, mais do que vestir o manto do Robin ela se mostra confiante.
Muitos conhecem Damian Wayne como um dos Robins mais chatos, muitos não gostam de sua personalidade mas, ele é um dos Robins que mais enfrentou o Batman frente a frente mesmo sendo filho de Bruce Wayne. Nessa história vemos como Damian é sendo contado por Jonathan Kent, filho do Superman e Lois Lane. Eles são bem “amigos”, assim como os seus pais e Jonathan deixa claro o quão ele ama o seu amigo, mesmo Damian tendo um pavio curto. Jonathan compartilha suas experiências com Damian, nos motrando como eles são unidos e assim como seus pais, formam uma dupla imbatível.
O que acontece quando Damian bate de frente com o Batman? Bom, vemos que eles possuem grandes diferenças e que dificilmente eles se abrem um para o outro. Como eu citei anteriormente, todos os Robins sentem que o Batman não confiam neles, e que eles apenas seguem ordens. Damian é assim, ele não aceita receber ordens do seu pai e nessa história podemos ver que eles não se sentem confiantes um com o outro. Enquanto Damian reclama que seu pai tem um método diferente de lidar com o crime e que não dá atenção que ele merecia, Bruce sente que errou e que deve concertar algo com Damian, e que talvez ele não entenda os motivos do Batman ser desse jeito. Existe uma falta de diálogo muito grande, para que ambos se entendam e que o Batman abra o coração mas nenhum dos dois dá o braço a torcer, o que dificulta cada vez mais.
Ser um Robin é muito mais do que seguir os ideais do Batman, assim como Barbara Gordon, Cassandra Cain e Kate Kane são personagens que possuem histórias próprias e que apesar de usarem o manto do Batman façam com que elas se pareçam com ele, elas seguem histórias independentes com suas próprias personalidades. No caso dos Robins é a mesma coisa, eles se sentem seguros em salvar pessoas e não se envergonham de serem ‘Garoto Prodígio’, o ajudante ou serem mandados por Batman, o sentimento que eles passam é que ambos querem ser notados, querem que as pessoas olhem para eles como pessoas que podem comandar uma equipe, que podem ser responsáveis e que no final de tudo possam ser apenas heróis.
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.