A Pequena Sereia: A magia do conto clássico reinventada com tons modernos

‘A Pequena Sereia’ é um conto escrito por Hans Christian Andersen no século XIX. A história narra a jornada da Pequena Sereia, uma sereia que deseja se tornar humana e faz um acordo com a bruxa do mar, sacrificando sua voz em troca de pernas. O conto aborda temas como amor, ambição, sacrifício e aceitação.

Desde sua publicação, a história tem sido adaptada em várias mídias, incluindo filmes e uma animação da Disney. O desenho da Disney, ‘A Pequena Sereia‘, é uma animação lançada em 1989. Dirigido por Ron Clements e John Musker, o filme se tornou um marco na história dos estúdios Disney, sendo um dos responsáveis pelo renascimento da animação em 2D. As músicas, compostas por Alan Menken e com letras de Howard Ashman, conquistaram os corações do público e se tornaram clássicos, como “Under the Sea” e “Part of Your World”.

‘A Pequena Sereia’ foi um grande sucesso de bilheteria e crítica, recebendo vários prêmios, incluindo duas estatuetas do Oscar. Sua popularidade levou a diversas adaptações, como sequências diretas para vídeo, uma série animada e até mesmo uma adaptação para o teatro.

Mas e a adaptação de 2023?

Com a direção Rob Marshall e produção de Rob Marshall, John DeLuca, Marc Platt e Lin-Manuel Miranda, a adaptação desde seu anúncio oficial vem levantando pautas e debates interessantes, o elenco é formado por Halle Bailey, Jonah Hauer-King, Daveed Diggs, Jacob Tremblay, Awkwafina, Javier Bardem e Melissa McCarthy, principalmente sobre a escolha de Halle Bailey para interpretar Ariel, devido à diferença étnica em relação à personagem originalmente branca. 

No entanto, é importante distinguir entre personagens cuja etnia é um elemento central da história, como Pantera Negra, Mulan e Pocahontas, e personagens em que a cor da pele não interfere na trama, como Ariel. Exemplos anteriores de atores negros interpretando papéis originalmente brancos, como Vondie Curtis-Hall, Anna Diop e Samuel L. Jackson, demonstraram brilhantemente a versatilidade e o talento artístico que transcende a cor da pele.

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Desde as primeiras imagens que foram saindo da produção, começaram os rumores e comentários sobre a fotografia que ultimamente vem sendo bastante usada nas produções. Em ‘A Pequena Sereia’ de 2023, não é diferente. Pode ser que quem assista pela TV tenha uma experiência bem diferente da que é nas telonas. Por ser um filme que se passa quase todo debaixo d’água, temos muitas cenas ‘escuras’, mas é entendível, já que a proposta do filme é essa. Muitos internautas demonstraram insatisfação, dizendo que precisa ter cores vibrantes, ter toda alegria que o desenho mostra, mas não concordo. Estamos em uma era diferente, não estamos mais em 1980, quando as cores eram chamativas e vibrantes.

Comparado com a animação, o filme tem mais 60 minutos de duração, deixando o longa com 2 horas e 20 minutos. Durante todo esse tempo, você se sente imerso na história. Novas falas e cenas foram acrescentadas, enriquecendo mais o filme. O trabalho histórico que foi feito para o filme pareceu um pouco confuso. O Príncipe Eric diz já ter desbravado mares aqui nas Américas, mencionando a Venezuela e o Brasil, mas historicamente falando, o Brasil não era Brasil em tempos de reinados. Nosso país teve outros nomes e pela época não bate com o que eles estão dizendo no filme, mas isso é apenas um detalhe, não tem interferência direta no filme.

Melissa McCarthy foi quem deu vida a Úrsula. Sua caracterização é absurdamente fantástica, sem falar do modo como a atriz consegue entregar a vilã. Originalmente inspirada em uma drag queen, quando foi anunciado o live-action, algumas drags demonstraram interesse em fazer parte desse projeto, mas sabemos como a indústria só lembra de causas em meses específicos e sempre quem engaja mais é o que tem mais visibilidade. Isso não desmerece NADA que Melissa entregou no filme, muito pelo contrário.

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No filme, as irmãs de Ariel são diferentes, cada uma com um fenótipo diferente, deixando claro que cada uma representa os ‘7 mares’. Os nomes delas são: Mala, Karina, India, Caspia, Perla e Tameka e na animação de 1989: Attina, Alana, Adella, Aquata, Arista e Andrina.

Em resumo, a história de ‘A Pequena Sereia’ continua a encantar e inspirar pessoas ao redor do mundo através de suas adaptações em diferentes formas de mídia. A adaptação em live action de 2023 trouxe discussões importantes sobre diversidade e representação, especialmente em relação à escolha de Halle Bailey para interpretar Ariel. Embora haja controvérsias, é fundamental reconhecer que a habilidade e o talento dos atores transcendem a cor da pele, como já demonstrado por outros exemplos no passado. As primeiras imagens do filme geraram debates sobre a fotografia e a atmosfera subaquática, com algumas críticas em relação à falta de cores vibrantes. 

No entanto, é importante lembrar que estamos em uma época diferente e a proposta do filme é trazer uma experiência mais realista e imersiva. A adaptação acrescenta novos elementos à história, ampliando sua duração e trazendo algumas discrepâncias históricas, embora isso não afete diretamente a trama. A performance de Melissa McCarthy como Úrsula é elogiada, mostrando sua capacidade de interpretar a vilã de forma fantástica. Por fim, ‘A Pequena Sereia’ destaca a importância da diversidade e apresenta personagens únicos que representam os diversos mares do mundo.

Ficha Técnica

Titulo: The Little Mermaid (A Pequena Sereia)
Ano: 2023
Direção: Rob Marshall
Roteiro: David Magee
Gênero: Aventura, Drama, Família, Fantasia
Distribuição: Walt Disney Studios
Elenco: Halle Bailey, Jonah Hauer-King, Daveed Diggs, Jacob Tremblay, Awkwafina, Javier Bardem e Melissa McCarthy