Crítica | ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ criou bastante expetativas mas será que entregou tudo isso mesmo?
9 Maio, 2022O aguardado filme trata da jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e outros já conhecidos do público, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.
Sob a direção de Sam Raimi, Multiverso da Loucura trouxe para o espectador uma boa experiência de toda loucura que é o universo do Dr. Estranho. Além de estar cheio de fan services e referências a filmes clássicos. É um filme que passeia entre o mais louco do MCU, mas ainda com aquele toque e fórmula do MCU.
Desde Eternos (2021) você vê a tentativa da Marvel em trazer coisas novas, mas sempre acaba falhando durante o percurso, mas ainda é muito legal você ver a inserção de personagens queridos ao filme a fim de fazer o mais temido fan service. Isso te faz caminhar entre o amor e o ódio, mas sabemos que muitos dos fãs gostam.
Você com certeza deve conhecer pelo menos 2 filmes de Sam Raimi além da trilogia de Homem-Aranha, 30 Dias de Noite (2007), Evil Dead (1981) e Arraste-Me Para o Inferno (2009). Difícil não ir ao cinema com bastante expectativas, o que diminui a minha experiência com o filme. Mas aqui, o diretor soube trazer para o MCU ótimos elementos do horror e do horror trash, e fazendo um comparativo do primeiro Doutor Estranho (2016) Multiverso da Loucura é bem mais dinâmico, as coisas vão acontecendo de forma mais interativas e loucas.
O próprio Stephen no filme, está perdido em meio a tantos acontecimentos, nas suas falas e seus trajetos você nota quão desorientado ele pode ficar, de modo que nem ele acreditasse nas próprias palavras. Benedict Cumberbatch trabalhou isso muito bem, um ator renomado, vamos dizer que de “cinema puro”, entregou bastante seriedade nas expressões das suas emoções, como um personagem que mais uma vez se viu com a grande responsabilidade de salvar o mundo.
O roteiro ficou sob os cuidados de Michael Waldron, que tem no seu currículo Loki (2021) e Rick e Morty (2013). Se você conhece essas duas séries sabe que houve um casamento perfeito com Stephen Strange e toda loucura que ronda em seu universo. Apesar de alguns furos e história levemente apressada, o filme conseguiu ter início, meio e fim. Alguns dos easters eggs e services do filme, nós vimos em What if…?, primeira série animada da Disney+ com o MCU, e vibramos bastante quando o Stephen “zumbi” apareceu, que nada mais era que ele possuindo uma variante morta para poder enfrentar a Feiticeira Escarlate, através de um feitiço onírico, que é feito através do sono.
Wanda Maximoff estava no auge dos seus poderes. Onde quer que tenha a personagem, sempre será pautado os filhos dela e a confusão criada pela personagem desde Wandavision (2021), seja quadrinhos ou na história adaptada ao MCU. Mas ainda faltou muita ousadia para concluir a história da personagem com as crianças, não queria falar nada, mas seria super interessante ver a Fênix dando uma macetada na Wanda. Se é pra fazer fan service, vamos colocar direito né Kevin Feige.
Desde a introdução da Wanda no MCU ela passou por muitas coisas, é bem notório da evolução da personagem durante esses últimos 6 anos em que ela está neste universo. Além de tudo, é uma personagem em constante solidão no MCU, ela não tem aliados, não tem família e nem amigos, se for colocar na balança outros vilões o desenvolvimento dela é o que mais está indo para um lado mais triste. Algo que eu não posso deixar passar é a atuação da Olsen, ela soube caminhar entre a doçura da Wanda e ao mesmo tempo ir para toda loucura que a Feiticeira Escarlate prometia.
Apesar de tudo girar em torno da Wanda, a contribuição da América Chavez, interpretada por Xochitl Gomez, que pelo seu carisma tem tudo para se tornar a nova queridinha da Disney, sua personagem foi essencial para o fechamento dessa história. Sua dinâmica e química com o Doutor Estranho também é um ponto a se lembrar.
No filme existem outros elementos que fazem ele ficar bom e interessante, como por exemplo os efeitos visuais e a atmosfera de horror que permeia pelo filme faz tudo ficar ainda mais legal, estou animado e bem hypado com as coisas novas que a Marvel está querendo trazer para gente. Kevin, não me decepcione dessa vez.
do caos, publicitário e consequentemente geek.