Crítica | ‘The Batman’ é violento, sentimental e sombrio

Novo filme do Batman mostra algo totalmente diferente do que já vimos do personagem nos cinemas.

Antes de começar gostaria de fazer uma leve observação referente ao Batman. Robert Pattinson fez o que precisava ser feito, não querendo babar ovo do ator e do herói, mas The Batman elevou o personagem em um nível de profundidade que os filmes de heróis precisam ter. Pois sabemos que nossos heróis são muito mais que superpoderes.

Quando falamos da qualidade dos filmes sempre usamos a narrativa que foi usada em Coringa. The Batman tem pouco uso do GCI, mas possui as melhores cenas que te fazem saltar da cadeira.

Nesse novo filme Matt Reeves quis aproximar o herói de nós, meros mortais. Para quem conhece o Batman sabe que ele é muito mais do que apetrechos legais e grandes saltos por toda cidade, mas sua personalidade está entre os motivos que o fez ser tão popular e presente na cultura pop. Foi preciso ele colocar em prática toda sua experiência em jogo para descobrir o que o Charada quer.

Ah… o Charada, um espetáculo. Usou da mesma receita que Heath Ledger e Joaquin Phoenix no quesito insanidade. Se alongássemos mais esse tópico, eu entregaria a trama do filme. Mas já podemos adiantar que faz muito jus a galeria extraordinária de vilões que o personagem tem nos quadrinhos e que sempre pedimos para ver nas telonas. Com boas interpretações e desenvolvimento.

Quanto ao Pattinson, ele é sensacional. Ao longo do tempo a comunidade nerd acabou se tornando um ambiente tóxico, não dando espaço para nada novo, temos exemplos quando algum herói passa por alguma mudança. Quando Rob foi anunciado como próximo Batman boa parte da comunidade questionou o talento do ator julgando seus últimos trabalhos, no caso, só os trabalhos do ator em Crepúsculo, que ninguém supera que já faz mais de 10 anos desde que o ator fez o primeiro filme da franquia.

Durante o filme é sempre lembrado a falta que os pais de Bruce fazem, o envolvimento de toda sua família naquele sistema corrupto da cidade faz a cabeça de Bruce entrar em colapso. Por isso em toda a trama Matt Reeves quis apresentar o lado humanizado de Batman. Ele não está feliz e nem sorrindo, longe disso. 

A Mulher-Gato também é uma boa surpresa. Quando Zoë Kravitz havia sido confirmada como a Mulher-Gato fiquei bem animado, além de achar sua beleza extraordinária, ela também vem se mostrando uma grande atriz, usando Big Little Liars da HBO como parâmetro. Talvez tenha sido erro meu em achar que Zoë entregaria tudo de uma vez no filme, apesar de toda química da heroína com Batman, achei uma personagem bem tímida.

Toda essa timidez faz parte de toda sua personagem, pelo menos em The Batman, já que ela não é a grande protagonista, mesmo sendo importante. Após revelar a Bruce que Carmine Falcone é seu pai as coisas mudaram de rumo, e em diversos momentos Bruce mostrou compaixão pela sua consagrada. 

The Batman é muito bem elaborado e conectado. Se você quer começar a acompanhar DC agora é o momento. Todos os pontos que não se fecharam neste filme, mas já existe a possibilidade de garantir sequencias e séries para o HBO Max.