Crítica | Matrix Resurrections: Filme se apoia em nostalgia mas entrega uma história coesa e sincera
23 Dezembro, 2021Tão aguardado pelos fãs, Matrix está de volta com um novo filme que faz juz a trilogia de sucesso.
Lançado em 1999, Matrix se tornou um fenômeno na cultura pop, sendo referenciado diversas vezes. O filme é considerado um marco para o cinema, que na época explorava cada vez mais a ficção científica.
Matrix Resurrections continua a trilogia que foi encerrada em 2003, e traz personagens famosos da franquia, seja com outros atores e, é claro, com Keanu Reeves.
Em um mundo de duas realidades – a vida cotidiana e o que está por trás dela – Thomas Anderson vai ter que escolher entrar na toca do coelho mais uma vez. Escolha, enquanto uma ilusão, é a única entrada ou saída da Matrix, que está mais forte, mais segura e mais perigosa do que nunca.
Bom, já fazem 18 anos desde o último filme, e ao longo dos anos surgiram diversos rumores de que teríamos filmes novos da franquia. Quando anunciado os fãs gostaram bastante. Como eu disse anteriormente, a franquia é uma das maiores revoluções do cinema. Aqui temos uma continuação direta da última trilogia, mas que ainda assim consegue se destacar mantendo elementos importantes e que fazem sentido para a história.
Com diversas referências aos próprios filmes e uma expansão de sua própria mitologia, o filme pode agradar muitos fãs que gostam de fan service. Isso não é ruim, mas é divertido ver como o filme segue uma linha muito direta e objetiva sobre o que está acontecendo naquele momento.
Keanu Reeves segue brilhando com Neo, que com certeza é um dos maiores papéis de sua carreira. A forma como o personagem é colocado para vivenciar novamente a experiência dos filmes anteriores também é bem interessante. Carrie-Anne Moss é um talento à parte. A atriz se mantém muito firme como Trinity e soube trazer muito bem a essência para a personagem, personagem querida entre os fãs.
Yahya Abdul-Mateen II representa muito dando vida a Morpheus, personagem clássico e muito importante da franquia. Não é novidade que Yahya tem se tornado um dos atores mais completos de Hollywood em seus últimos trabalhos, mas aqui ele entrega consegue respeitar muito bem o personagem interpretado por Laurence Fishburne na trilogia anterior.
Apesar de tudo, o filme tem uns momentos que podem tirar a atenção do público. Matrix é marcado por grandes cenas de ação, mas em Resurrections deixa um pouco a desejar. Por outro lado, a direção brilha demais em mostrar uma história de amor entre Neo e Trinity, fazendo com que grande parte da trama seja em volta deles.
Matrix Resurrections é um filme que traz um novo ar para a franquia, casando eventos passados da história e encaminhando para novos rumos, já que o final deixa bem aberto e abre possibilidades e, quem sabe, para uma nova trilogia?
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.