Venom: o atual pilar da Marvel Comics
15 Setembro, 2021Artigo feito por Vander
Para muitos, o personagem Venom é conhecido apenas como um vilão do Homem-Aranha. Porém, é fato há quase 30 anos isso deixou de ser a realidade.
Inclusive, cerca 3 anos após a primeira aparição (1988) de Eddie Brock e sua união com o simbionte para dar origem ao Venom, surgiu a necessidade dele trabalhar em equipe com seu antigo inimigo Peter Parker contra uma ameaça maior: o Carnificina (final de 1991/início de 1992). Isso foi o início da carreira de Venom como anti-herói, e, no ano seguinte (1993), foi publicada a série Venom: Protetor Letal, que, fazendo jus ao nome, nos mostrou Eddie Brock como um defensor dos inocentes, embora de uma forma diferente dos heróis tradicionais, e mais sombria. Ou seja, um anti-herói. Foi principalmente nessa hq que se baseou o filme do personagem, aliás.
Os anos se passaram e a mitologia do Venom evoluiu. Surgiram mais simbiontes — além do Carnificina, que é filho do simbionte de Eddie Brock, tivemos o Toxina, seu neto. O simbionte também foi passado para outros hospedeiros, sendo o mais marcante Flash Thompson, personagem clássico das histórias do Homem-Aranha que, graças ao Venom, foi revitalizado e se tornou um grande sucesso como um super herói no começo dos anos 2010, utilizando o codinome Agente Venom.
Vale ressaltar que o Carnificina também se tornou um dos maiores vilões da marvel e rendeu muitas aparições ao longo dos anos, inclusive tendo as próprias revistas solo, feito que muitos personagens, como a Vespa, apenas sonham.
Em 2016, com a morte de Flash, o simbionte voltou a se unir a Eddie Brock.
O ponto mais importante para entender o papel do Venom como pilar da editora está em 2018, quando Donny Cates assumiu a revista do personagem. O trabalho de Cates mudou e expandiu absurdamente tudo que havia sido feito sobre simbiontes na Marvel, a partir, principalmente, da introdução do deus Knull — seu criador.
Além disso, Cates trouxe um desenvolvimento incrível para o próprio Eddie Brock como uma pessoa, ao introduzir elementos do seu passado, como o motivo dele se importar tanto em proteger os inocentes, e, o mais importante, seu filho: Dylan Brock.
O trabalho de Cates com o Venom foi um sucesso em vendas e resultou em dois eventos que abrangeram todo o universo da Marvel: Carnificina Absoluta, de 2019, e Rei das Trevas, de 2021.
O foco que o Venom de Eddie Brock recebeu entre 2018 e 2021 é surreal. Geralmente, os eventos da Marvel comics costumam girar em torno de suas grandes equipes: X-Men, Vingadores e Quarteto Fantástico, como podemos ver em Guerra Civil, Invasão Secreta, Reinado Sombrio, Impéryo, Vingadores vs X-Men, e muitos outros.
Mesmo assim, os protagonista em ambos Carnificina Absoluta e Rei das Trevas eram Eddie, Dylan e os simbiontes, e os heróis mais poderosos da Terra foram meros coadjuvantes nesses eventos.
As imagens mostram que as revistas protagonizado pelo Venom foram um total sucesso em vendas, de forma constante, desde 2018. A primeira edição de Carnificina Absoluta chegou a vender mais que a edição comemorativa Marvel Comics #1000.
(obs: as imagens são referentes à venda de hqs para as lojas de quadrinhos, que, naturalmente, dependem da demanda. Fonte: http://comichron.com)
Em 2018, a primeira edição de Venom ficou atrás somente de Amazing Spider-Man, que, na época, apresentava o arco do Duende Vermelho: a junção de Norman Osborn com o simbionte do Carnificina. Então, a “derrota” do Venom foi justamente pra outra hq com um simbionte no centro.
Em dezembro de 2020, as duas primeiras edições de King in Black chegaram no top 5 de mais vendidas, fato que é extremamente raro. Donny Cates encerrou sua fase marcante com a edição comemorativa Venom #200, que garantiu mais um #1 pra sua carreira:
Com isso, podemos concluir que o Venom se tornou um personagem independente e muito popular, e que pode ser facilmente colocado no mesmo nível do Homem-Aranha nos dias de hoje. Aguardamos agora a nova fase do personagem, que será escrita pelos aclamados Al Ewing e Ram V e sai em outubro.
