Análise | ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ não é sobre uma adaptação, é sobre um legado

Análise | ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ não é sobre uma adaptação, é sobre um legado

3 Agosto, 2021 0 Por Murilo Fagundes

Sendo um dos maiores sucessos da Marvel no cinema, Pantera Negra (2017) mudou de forma significativa a cultura pop mostrando um potencial gigantesco que o universo do herói possui.

Era inegável que depois de todo barulho que o filme fez em 2017, uma sequência já era certa. Dito e feito, o segundo filme não está só confirmado como já possui nome: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que já está em produção em Atlanta.

O que o público não esperava, foi a morte precoce do glorioso Chadwick Boseman, ator responsável por encarnar o T´Challa, rei de Wakanda um dos portadores do manto do herói protetor da nação: O Pantera Negra.

Sendo assim o trabalho de conduzir a história do próximo filme não seria fácil, afinal a popularidade de personagem é altíssima e sua importância dentro do universo Marvel é notável. A responsabilidade do estúdio e do Ryan Coogler (diretor) e Joe Robert Cole (roteirista) acaba aumentando e gerando uma certa expectativa por parte do público.

É importante falar que a substituição de ator não é de forma alguma aceitável e por mais que pareça convencional, não parece ser uma alternativa para produção, afinal Chadwick transcendeu o seu papel o transformando num legado que jamais será esquecido. Também é importante citar que o universo do Pantera Negra é extremamente rico, com uma gigantesca singularidade de culturas e personagens, com narrativas gloriosas que merecem ser adaptadas acrescentando de forma coerente com o que já foi mostrado no primeiro filme.

Reprodução: Marvel Studios

Shuri, Killmonger, Nakia, M’Baku, Okoye e as Dora Milages são apenas uma pequena parcela de uma variedade de personagens que podem conduzir a narrativa do filme de forma orgânica e fiel. Quando se fala do manto, Shuri (Letitia Wright) parece ser a mais qualificada para assumir, afinal além de ser irmã de T’Challa e uma das herdeiras do trono, a personagem já assumiu o manto de Pantera Negra nos quadrinhos e carrega um enorme carisma.

Histórias como, Pantera Negra: Uma Nação Sob Nossos Pés, quadrinho de 2017, escrito por Ta­Nehisi Coates, conta os conflitos de um rei com seu poder e revolta dos wakandanos, aqui não é uma narrativa única, ela mistura questões políticas, sociais e culturais que podem ser aproveitadas como fundo em uma possível adaptação nos cinemas.

Além disso, a escalação da atriz Michaela Coel para o elenco do filme deixou várias questões em aberto na cabeça dos fãs. Seu papel ainda não foi esclarecido e várias especulações estão saindo, uma apontando para um dos maiores pedidos feitos a Marvel que é a introdução da Tempestade, uma das personagens mais queridas nos quadrinhos e outras especulações casam com a possível introdução de Madam Slay, personagem pouco conhecida pelo público mas pode acrescentar um plot interessante, levando em consideração que ela é responsável por trazer Killmonger de volta a vida nos quadrinhos.

É importante ressaltar que “Wakanda Para Sempre” se tornou um legado que transcendeu o espaço físico, e é importante lembrar que esse legado ultrapassou personagens e filmes. Devemos sim nos preocupar com as próximas adaptações, mas também devemos nos apegar ao fato de que esse legado é o maior atributo desse rico universo que nos foi aproveitado.