Além da Marvel e DC: 5 HQs que você precisa conhecer
29 Julho, 2021Texto feito por Vander.
É bem comum ver por aí disputas sobre qual editora de quadrinhos é melhor, Marvel ou DC. Por serem as maiores e mais famosas, essas duas, chamadas de “big two”, acabam sendo também as mais conhecidas. Porém, fora desses universos, existe uma infinidade de histórias em quadrinhos, que vão desde estruturas parecidas com as das big two (super-heróis e etc) a enredos mais inovadores e diferentes.
Essas outras editoras, cujas histórias são frequentemente chamadas de “indie”, acabam servindo como base de muitas séries de sucesso, como The Walking Dead e Invincible (Image), The Boys (Dynamite) e Locke and Key (IDW). Mesmo assim, os quadrinhos propriamente ditos continuam sendo pouco lidos. Nessa lista, vamos ver algumas HQs recentes das editoras além das big two:
Something is Killing the Children (BOOM! Studios)
A HQ de terror escrita por James Tynion IV, que levou o último eisner de melhor escritor (claramente por seu trabalho aqui), se tornou um fenômeno em vendas e críticas. Com uma vibe que lembra Stranger Things, SIKTC fala sobre uma ordem secreta de caçadores de monstros, e tem como protagonista Erica Slaughter — uma feroz garota que não hesita em ser brutal quando enfrenta as criaturas que devoram crianças, e que podem ser vistas apenas por elas e pelos membros da ordem. Recentemente surgiram boatos sobre uma série com base nessa HQ, que conta com 18 edições até agora.
Seven Secrets (BOOM! Studios)
Criada por Tom Taylor e Daniele Di Nicuolo em 2020, Seven Secrets tem uma trama repleta de mistérios (fazendo jus ao nome), mas que é cativante e comovente desde o começo e faz com que você se apegue aos personagens e fique com sede por mais. Protagonizada por Caspar, filho de membros da Ordem dos Sete — uma organização secreta que protege os Sete Segredos, armas enigmáticas com o poder de destruir ou salvar o mundo –, a HQ, além do roteiro, tem como ponto alto a arte espetacular de Di Nicuolo que traz um dinamismo incrível à história. Além disso, existe uma representatividade imensa no elenco de personagens, que conta com membros diversos e de todas as partes do mundo.
The Wicked + The Divine (Image Comics)
Essa HQ indicada ao eisner, escrita por Kieron Gillen e com a arte espetacular de James Mckelvie, traz uma trama extremamente divertida sobre deuses que reencarnam a cada 90 anos no corpo de humanos, e, após isso, têm apenas 2 anos de vida. Em 2014, quando essas divindades voltam, elas se tornam ícones da cultura pop e são veneradas. Muito além da tão saturada mitologia grega, WicDiv traz deuses egípcios, da religião japonesa shinto, nórdicos, celtas, cartagineses… A partir disso, se forma um núcleo repleto de diversidade. Um dos aspectos mais comoventes dessa história é como os deuses diferentes lidam com o súbito tempo limitado de vida que agora têm.
Home (Image Comics)
A história contada em Home está longe de ser ficção. É, na verdade, a realidade de muitos imigrantes da América Latina que tentam uma nova vida nos Estados Unidos e acabam sofrendo com as políticas migratórias norte-americanas, que ferem seus direitos humanos e sua dignidade. Aqui, são retratadas as dificuldades que os imigrantes sofrem no trajeto assim que deixam seus lares, a xenofobia com a qual são recebidos e é feita uma denúncia às condições precárias a que são submetidos. Home é um trabalho político, escrita por Julio Anta, filho de pais colombianos e cubanos, que busca fazer com que as vozes latinas sejam ouvidas.
Mighty Morphin Power Rangers/Go Go Power Rangers (BOOM! Studios)
As HQs de Power Rangers, de forma parecia com o filme de 2016, exploram e expandem muitos aspectos da franquia, em especial as relações dos personagens (tanto entre si quanto com suas famílias) e a mitologia do universo. São apresentados personagens e conceitos novos, e coisas que parecem jogadas na série de TV são aprofundadas e melhor explicadas. Tudo isso de forma dinâmica, com uma arte cheia de cores e fluída, e com muito respeito ao material base. Com mais de 100 edições ao somar tudo, esse universo é um prato cheio pra quem gostava minimamente da série.