Crítica | ‘Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial’: O novo universo compartilhado das animações está se concretizando?
29 Abril, 2021Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial, é a nova animação do DC Universe.
Ambientada na Segunda Guerra Mundial, o longa dirigido por Jeff Wamester, conta como protagonista Barry Allen (Matt Bomer, de Patrulha do Destino), nosso querido Flash, antes da criação da Liga da Justiça.
Barry descobre, em uma briga com Brainiac para ajudar o Superman, que pode correr muito mais rápido do que imaginava, encontrando assim a Força de Aceleração. Ele se vê jogado no meio da Segunda Grande Guerra Mundial e é apresentado a Sociedade da Justiça, composta, na animação, pela Mulher-Maravilha (Stana Katic, de Castle), Canário Negro (Elysia Rotaru, de Arrow), Gavião Negro (Omid Abtahi, de Deuses Americanos), Jay Garrick (o primeiro Flash, era de ouro dos quadrinhos, dublado pelo Armen Taylor) e Homem-Hora (Matthew Mercer, de O Sangue de Zeus). Lutando contra nazistas, salvando civis e tentando voltar ao seu tempo, Barry se mostra muito poderoso e logo ganha a confiança da Sociedade da Justiça, que está a serviço dos EUA e dos Aliados na luta contra Hitler.
A Sociedade da Justiça da América, como é conhecida, foi a primeira equipe de super-heróis dos quadrinhos, mas só agora ganhou um filme. Um filme que mostra nossos super-heróis lutando contra os nazistas. Um filme que traz traços clássicos dos quadrinhos e nos causa aquela sensação gostosa de nostalgia.
Esse novo universo compartilhado das animações da DC vem se concretizando, e Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial veio para reafirmar isso. O longa é repleto de plot twist, traz aspectos clássicos dos quadrinhos sem perder sua originalidade, traz, também, diversas referências de filmes e séries da DC, como, por exemplo, a influência do sucesso da Iris West da série The Flash, da emissora CW, interpretada por uma atriz negra, que influenciou também Zack Snyder em Liga da Justiça. É muito interessante ver o impacto que isso traz para o Universo Compartilhado das Animações. Assim como Jason Momoa está influenciando os quadrinhos, espero que a Iris também possa influenciar.
O filme traz também outros personagens importantes, e dos quais já estamos habituados, como o Steve, grande amor da nossa Princesa de Themyscera. O romance entre os dois não é o ponto principal do filme, mas conseguiu ser muito bem desenvolvido em segundo plano. Contamos também com a participação do Doutor Destino, um personagem extremamente poderoso, e que, mesmo aparecendo rapidamente já mostrou indícios de que está por trás das cortinas do plot principal do filme. É um personagem que tem um grande potencial a crescer nesse novo universo.
Protagonizando a cena de melhor luta da animação, também contamos com a participação do Aquaman, que digamos de passagem, está extremamente poderoso nessa animação. Controlado pelo vilão que está ajudando os nazistas, tomamos até um susto vendo nosso herói saudando Hitler, e talvez, por ser controlado, vemos um Aquaman diferente, usando seus poderes para atacar Diana e também para atacar o povo da superfície.
Aliás, vimos todos os personagens mostrando a extensão de seus poderes, uma performance incrível da Canário me remeteu lá em Injustice, quando (contém spoiler) seu amado Oliver Queen foi assassinado pelo Superman e a Canário fez sangrar seu ouvido só com o poder de seu grito.
Todas as cenas de luta estão caprichadas nessa animação, as cenas conseguem mostrar o melhor dos personagens, mostrando seus poderes e do que nossos heróis são capazes. Esse novo universo da DC tem tudo para ser muito bom, e Sociedade da Justiça já mostra indícios que ele está se concretizando. Ao longo do filme conseguimos perceber diversas influências, tanto das séries quanto dos filmes lançados recentemente, como, por exemplo, o relacionamento de Diana e Steve, as motivações do Aquaman, a Iris West, e outros aspectos que vão nos remetendo a outros universos da DC.
O filme, na minha opinião, já está entre as melhores animações lançadas pela DC, ele traz a pureza dos personagens, traz elementos de criação de uma Liga da Justiça extremamente poderosa, traz a possibilidade de explorar novos universos dentro do mesmo (a teoria do multiverso) e traz, principalmente, a esperança para nós DCnautas, que depois das recentes frustrações com o DCEU, finalmente teremos algo concreto fora das HQs.
Uma jovem estudante de Direito e apaixonada pelo Superman. Sou apaixonada também por quadrinhos e super-heróis porque vejo neles uma forma de mudar o mundo, nem que seja só um pouquinho. Tento passar esse sentimento pelos meus textos, espero que gostem!
Gostei do filme, não sei o porquê de ainda não estar no catálogo da HBO Max, e estou muito interessado para conhecer mais desse universo compartilhado e quem mandou aquela rouba de Superman pro garoto, enfim, ficam os questionamentos.