Review | A morte de Thor: Jane Foster – O dever tem um preço
10 Agosto, 2020A guerra de Malekith, o amaldiçoado, continua a se propagar pelos Dez Reinos! Lutando para contê-la, assim como luta com o câncer que acomete seu corpo em sua forma humana.
A Poderosa Thor se vê diante do seu maior desafio: lidar com Odinson, o retorno selvagem do Thor da Guerra, e, pior ainda, um poder antigo que traz em seu rastro o Juízo Final para os deuses – uma herança maldita ocasionada pela governança impetuosa de Odin, o Pai supremo! A história desafia o tempo e suas limitações, duas gerações de Thor se encontram para enfrentar o advento de apocalipse. Entre a morte pela doença ou no campo de batalha, Jane Foster precisa tomar sua decisão e travar sua última batalha.
Escrita por Jason Aaron, desenhos por Russell Dauterman, ilustrado também por nomes como Jen Bartel e James Harren, a história reúne as edições #700-#706 de The Mighty Thor; Generations: The Unworthy Thor e The Mighty Thor: At the Gates of Valhala 1.
Jane Foster vem de uma personagem construída como pequeno interesse amoroso de Thor nos quadrinhos, mas agora ela carrega mais responsabilidades além de um romance e desde que foi descoberta como Thor. Jason Aaron dá essa voz a mulher poderosa e guerreira que ela é, equilibrando sua fragilidade e batalha com a terrível doença muito bem com a situação política. Em a Morte de Thor, é bastante explorado sobre a personagem em seus últimos dias; a cada página vemos todos os efeitos e consequências da sua doença, e mesmo de forma triste e cheio de emoções conflitantes, a personagem jamais aparece enfraquecida.
Jane desempenha muitos papéis nessa história, de alguma forma ela está sempre lutando por algo. O que faz de uma história sobre Thor, Jane, Asgard, Odin e todas deuses, mas com uma questão a mais. De enfermeira a médica, vingadora e conselheira diplomática dos Dez Reinos e Poderosa Thor; Ela é uma Thor com diferentes camadas e assim a história tenta explicar o que é ser Thor para ela, e o que isso faz com a mesma. Jane não tem nenhum vínculo com Asgard, mas ela precisa se preocupar com os conflitos que consomem toda a Árvore do Mundo sendo a portadora do mjolnir e representante dos reinos. Mesmo possuindo tal poder de uma deusa, sendo invencível, tudo isso vem com um custo caro: cada vez que ela se transforma, ela desfaz os efeitos da quimioterapia em seu corpo. Ser a Thor se torna uma extensão e parte de Jane – desde suas lutas e valores que são carregados como Jane, permanecem com ela como uma guerreira imbatível. Ela é mais do que uma super-heroína e estabelece esse seu local em cada página. De fato, é a melhor versão e portadora do Mjolnir de todos os Thor já construídos ao longo dessas histórias dos deuses do trovão na Marvel.
Embora a história avance de forma bastante acelerada, devido a quantidade de elementos abordados na edição; os pontos de vistas dos personagens, até mesmo secundários são contados com precisão. Aqui temos Elfos, anões, gigantes, demônios e um típico enredo de um Thor faminto de poder e uma Asgard repleta de mudanças onde a democracia pode ser bastante impotente e a força física tem a palavra final.
Aaron equilibra diferentes elementos, desde assuntos abordados nas últimas edições, transformando em uma nova história forte e convincente entre personalidades fortes de deuses selvagens e até mesmo parte mais frágeis. Enquanto a arte de arte do Russell Dauterman é muito boa – vívida e dinâmica, deixando tudo mais interessante.
Sou cinéfila e meu filme favorito é indie e pouco conhecido, ele se chama Barbie Fairytopia.