Liga da Justiça: A animação que marcou uma geração
16 Abril, 2020Talvez a série animada da Liga da Justiça, seja um dos grandes motivos que fizeram surgir amantes dos quadrinhos da DC Comics neste milênio, já parou pra pensar?
Não é novidade pra ninguém que a DC Comics possui um um grande catálogo de animações que marcaram uma geração de fãs, seja pela clássica série animada do Batman até mesmo animações que ganharam o coração dos brasileiros como Super-Choque. A animação da Liga da Justiça não está muito longe, e com toda certeza é um dos grandes feitos da DC Comics de todos os tempos.
Em uma época que os filmes de super-heróis mal existiam, e se existiam não agradavam o público como hoje, a animação da Liga da Justiça era um prato cheio que atrai uma legião de fãs que cresceram assistindo todos os dias. Personagens como Batman, Mulher Maravilha e Superman já se tornaram grandes ícones na cultura pop mas muitos personagens foram mostrados na animação e passaram a ser reconhecidos pelo público.
Um dos grandes exemplos de personagens que ganharam destaque foi o Lanterna Verde do John Stewart, um personagem que apareceu nos anos 70 na DC Comics mas que nunca foi tão relevante como na série animada. A popularidade do personagem foi tão grande, que muitos fãs novos não sabiam que Hal Jordan era o Lanterna Verde mais popular, e muitos ainda consideram John como o único Lanterna possível.
A Mulher Gavião também foi uma das personagens que ganharam bastante destaque na série animada mesmo sendo uma das primeiras personagens femininas da DC a ser criada. A personagem possui diversas versões desde a sua aparição em 1940, mas foi com Shayera Hol que os fãs puderam conhecer mais dessa personagem que junto com a Mulher Maravilha formavam as únicas heroínas do grupo na primeira fase da animação.
O sucesso da personagem é tão grande, que vira e mexe os fãs pedem para que a Warner a adapte para os cinemas.
Além de trazer reconhecimento para os seus personagens, a animação também trouxe muitos laços e interações dos personagens. Apesar de ser algo comum e talvez o básico de qualquer mídia, Liga da Justiça realmente trouxe um afeto bem legal e uma ótima dinâmica entre eles. É impossível não torcer pelo amor de Shayera e John assim como é difícil fechar os olhos para o pseudo romance da Diana com o Bruce e até mesmo shippar horrores a relação da Canário Negro com o Arqueiro Verde, um dos casais mais icônicos da DC Comics que também se tornaram populares mesmo tendo um grande histórico nos quadrinhos, seja a Canário em Aves de Rapina ou o Arqueiro em histórias solo que possuem grande relevância para a editora.
A animação também foi responsável por trazer uma história bem complexa e bem trabalhada ao longo das suas temporadas. A originalidade de suas histórias são bem interessantes e alguns eventos até impactam a série como no caso da Invasão Tanagariana que é revelado que Shayera é uma espiã e que ela estava buscando recursos na Terra para Thanagar se apropriar. O choque desse arco é pelo fato da Sheyera não apenas ser uma personagem mais retraída, mas sim por ela se tornar a “vilã” ao longo dos episódios. Ainda quando a personagem volta em Liga da Justiça: Sem Limites existe um pequeno conflito entre eles, alguns a aceitam e outros ainda a veem como uma traidora como no caso da Mulher Maravilha que não a aceita imediatamente. Além disso, a série nos apresenta o CADMUS, organização secreta comandada pela Amanda Waller além do envolvimento do Lex Luthor, Legião do Mal e claro, Darkseid o maior vilão da DC.
A animação é um grande sucesso mundial e acredito que ela foi uma das grandes responsáveis por trazer uma nova leva do público nerd que hoje consome cada vez mais quadrinhos, animações e filmes. Aqui no Brasil a animação era exibida em canal aberto, no SBT, e por conta disso a sua popularidade cresceu bastante por aqui em todos os lugares. Seja pela nostalgia ou por amor aos personagens da DC Comics, Liga da Justiça marcou uma geração de fãs que sempre vão se arrepiar desde a abertura icônica até memórias daquele almoço quentinho.
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.