A História dos Quadrinhos e será que consideramos ela como leitura?

A História dos Quadrinhos e será que consideramos ela como leitura?

29 Outubro, 2019 1 Por Talita Lopes

“há várias décadas, as histórias em quadrinhos fazem parte do cotidiano de crianças e jovens, sua leitura sendo muito popular entre eles. […] As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico”.

Certamente você já foi uma vítima de algum tipo de comentário falando que quadrinhos é coisa para crianças ou não é uma leitura. Algumas pessoas tende a carregar consigo esses tabus e acabam fazendo muita vezes, outras pessoas se sentirem até mesmo péssimas por gostarem disso. Não seja essa pessoa.

Você sabe onde surgiu as histórias em quadrinhos?

Desde os primordios, o homem se comunicava através de imagens/gravuras nas parede. Essa é uma ideia de leitura. A primeira história em quadrinho no mundo foi criada pelo artista americano Richard Outcault, em 1895.

A linguagem das HQs, tal qual conhecemos hoje, com personagens fixos, ações fragmentadas e diálogos dispostos em balõezinhos de texto, foi inaugurada nos jornais sensacionalistas de Nova York com uma tirinha de Outcault, chamada The Yellow Kid, e fez tanto sucesso que acabou sendo disputada por jornais de renome.

The Yellow Kid, do artista americano Richard Outcault, inaugurou a publicação dos quadrinhos em jornais *1
The Yellow Kid, do artista americano Richard Outcault, inaugurou a publicação dos quadrinhos em jornais.

As histórias em quadrinhos mais famosas são claro, das DC e da Marvel com seus super-heróis que tanto amamos e contam histórias associadas a contextos históricos de nossa sociedade e até mesmo eventuais problemas sociais. Alguns anos atrás, a associação de quadrinhos a alfabetização de crianças, era considerado prejudicial e até mesmo uma distração, má influencia para o público. Já que os temos fugiam dos padrões normais considerados de leitura. “Os quadrinhos apareceram com mais frequência dentro da escola a partir da metade do século passado. Primeiro, porque quase não existiam. Segundo, porque havia esse preconceito contra eles”, diz Maria Angela Barbato Carneiro, professora titular do Departamento de Fundamentos da Educação e coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Faculdade de Educação da PUC-SP.

A leitura pode ser um passatempo, uma forma de relaxar e de educação. Existem vários tipos de livros e conteúdos para exatamente todos os públicos e gostos: temos os didáticos, infantis, biografias, adultos, ficção e os quadrinhos. As histórias em quadrinhos por exemplo, são gêneros de leitura que associam às linguagens verbal com a linguagem imaginária. Ela envolve personagens, tempo, espaço e acontecimentos e juntamente com os balões, com legendas e nos dão a ideia do dialogo acontecido nas páginas, assim representando gestos ao qual a gente associa como a linguagem não verbal.

De super heróis, romances, ficção, terror, biograficos ou ciência, seja qual for o gênero, incentive a leitura. A ideia de que quadrinhos não são leitura ou para pessoas mais maduras, é totalmente equivocada e ultrapassada. Cada um tendo seu próprio gosto e gênero favorito, pode se identificar e ter vários benefícios através disso e ainda contribui para a formação, alfabetização e despertar da criatividade. Então se você gosta de ler ou de história em quadrinho, experimente sempre conhecer novos mundos e histórias diferentes, contribuindo com outras pessoas também.

Você sabia?

Hoje é o dia Nacional do Livro. A data foi criada em 1810 em comemoração à fundação da primeira biblioteca brasileira, onde a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, tornando-se a Biblioteca Nacional. Estima-se que a nossa Biblioteca Nacional tenha um acervo com quase 10 milhões de peças; entre eles livros, mapas entre outros pertences.

Fontes: Ciência&Arte. Mundo Educação e Biblioteca Nacional.