Crítica | Titans: 2×02 – Rose: Titans segue fraca e sem identidade

Depois de uma estréia morna, o segundo episodio de Titans mostra o quão perdida á série esta.

Logo no inicio fica claro que esse é o começo da temporada o contrário de tudo que foi mostrado anteriormente com a finalização do arco da Ravena, afinal a primeira temporada não foi sobre os jovens heróis e sim sobre Dick e Rachel. Relacionado aos personagens, uma critica quanto a caracterização, ou melhor, a descaracterização afinal a Rachel não tem nada de Ravena e ligado ao Dick temos o Bruce que também não tem nada de Batman, talvez esse não seria um problema tão grande se  Titans tivesse uma identidade própria, não sei se foi a escolha do atores ou se o problema é a direção\roteiro que não se esforça em dar uma personalidade semelhante as HQs ou unica para série.

A dinâmica e a construção dos arcos são comprimidos em um espaço tão pequeno de tempo na tela que deixa os acontecimentos corridos e sem sentido, principalmente quando os personagens não têm desenvolvimento algum, reflexo disso e quando a Rachel durante uma conversa com Garf (Mutano) logo no início diz não serem mais como antes, mas, quem eram eles antes? Quais as camadas tem os personagens? alguma motivação? personalidade? A resposta é simples: O roteiro não os desenvolveu por isso você não se importa com quem eles são ou com quem eles eram.

O episodio também apresenta o segundo vilão, Dr Luz deixando claro que ele já é um conhecido da antiga equipe. A forma em que o roteiro e construído pra atingir certos pontos da historia também é um dos vilões, talvez o pior da série e a prova disso, é a dinâmica entre a Donna (Moça Maravilha) e Kory (Estelar) que não faz sentido algum, afinal qual o grau de afinidade entre as duas? E pelo que me lembre o primeiro encontro delas não foi um dos melhores. Por mais que os carisma de ambos os personagens sejam evidentes a narrativa delas não faria falta alguma na historia, seguindo o contexto, é apenas mais uma “desculpa do roteiro’’ pra trazer o lado alienígena da Estelar que poderia ser mostrado de mil formas diferentes. O mesmo aconteceu com Hank e Dawn, mas devido a ligação dos personagens o roteiro se torna mais coeso e não uma dupla que está ali apenas por estar!

Titans teve uma melhorada no segundo episodio, mas é evidente o quão perdida está, a quantidade de narrativas em um ep de 40 minutos tem chances mínimas de dar certo, talvez isso ocorra pela quantidade de personagens que estarão na segunda temporada, uns que já foram apresentados (Slade, Rose e Dr Luz) mesmo que de forma preguiçosa como no caso da Rose, que inclusive foi a personagem que deu nome ao episodio, o que é contraditório já que ela não faria falta.

Se você começa o episodio perguntando qual o nome da equipe, se espera que você desenvolva essa equipe, e não jogue pontas soltas e corra com os acontecimentos para que tudo se encaixe no final de forma torta e mal feita.

Ainda é muito cedo para definir a qualidade da temporada, mas com base nos dois primeiros episódios as expectativas são baixas quanto ao futuro da série.

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Murilo Fagundes

Apaixonado por cinema, cerveja e cultura POP. Negro e defensor do cinema nacional