Lanternas Verdes: Mitologia e problemáticas principais!
19 Julho, 2019Hoje vamos falar sobre a Mitologia dos Lanternas Verdes, por isso analisarei o recente relançamento da panini “Lanterna Verde: Sem medo” de Geoff Johns (roteiro) Darwyn Cooke, Carlos Pacheco, Simone Bianchi e Patrick Gleason (arte). O encadernado é composto por duas partes, “Lanterna Verde: Arquivos secretos de 2005, as 6 primeiras edições de “Lanterna Verde” de 2005 e “Tropa dos Lanternas Verdes: Recarga”. Todas as histórias fazem parte da reconstrução do mitologia de Hal Jordan e da Tropa;depois de anos muito sombrios para os personagens, enfim tudo está entrando nos eixos novamente.
(Hal Jordan em “A noite mais sombria”)
Durante a década de 90 Hal Jordan passou por muitos perrengues, após sua cidade natal, Coast City, ser totalmente destruída e ter um pedido de ajuda negado pelos Guardiões do Universo, Jordan enlouquece e mata todos os companheiros da Tropa e dos Guardiões do Universo, sobrando apenas um para poder repassar o último anel para Kyle Rayner, que se torna o único Lanterna Verde existente. Após um ato de redenção, Hal se funde com o personagem Espectro e passa tempos como uma espécie de anti-herói. Após anos de um universo dominado pelo medo, Jordan e a Tropa renascem. Na hq de 2004 “Lanterna Verde: Renascimento” Geoff Johns começa a reestruturar a Mitologia dos Lanternas, que ganha mais camadas e importância no Universo Dc.
As 6 edições de “Lanterna Verde” falam sobre a volta do maior Lanterna Verde de todos: Hal Jordan e “Tropa dos Lanternas Verdes: Recarga” conta sobre as primeiras aventuras de Kyle, Kilowog e companhia reestruturando a Tropa e recrutando novos cadetes, são quadrinhos fundamentais para a Mitologia dos Lanternas, e uma ótima porta de entrada.
(Tropa das Safiras Estrelas extremamente sexualizadas)
Johns soube, de uma forma muito épica e ainda assim orgânica, expandir a Mitologia dos Lanternas, o escritor criou conceitos que até hoje são essenciais para o Universo cósmico da Dc. Os diálogos de suas histórias são ótimos, engraçados na medida certa e às vezes poéticos. Todavia, o roteirista peca em alguns momentos. Não há quase mulheres em nenhuma de suas histórias, as poucas que existem são construídas por bases de estereótipos ou sempre usam uniformes mega expositivos e sexualizados, um exemplo disso é Carol Ferris, que faz parte da Tropa das Safiras Estrelas. A Doutora Soranik Natu é uma das poucas mulheres que tem destaque na fase de Johns, mesmo assim não foge dos decotes nos uniformes e dos assédios em formas de “piadas” do Lanterna Guy Gardner. O começo da fase de Geoff Johns é criativo, bem desenhado e fundamental pra Hal Jordan e cia, mas erra em espectros importantes que infelizmente não são apontados com frequência.
(Soranik Natu)
17 anos, quer escrever quadrinhos. Enquanto não realiza seu sonho, lê e escreve sobre o assunto – agora, seu objetivo é descansar e ler a pilha de quadrinhos acumulada desde as férias passadas.