Analise | Miles Morales e o Conceito Aranha

Nos holofotes desde a estreia de Aranhaverso, Miles Morales tem uma história que vai além das quase duas horas da incrível animação.

Apesar de fazer parte do Universo Ultimate originalmente, em 2016 o garoto do Brooklyn começou a agir como o braço direito de Peter Parker no universo original da Marvel (Terra 616), e é nítido que Miles trás uma versão diferente e de extrema representatividade do querido Spidey, fazendo com que parte do público se identifique ainda mais com uma das pessoas por trás do manto.

Em entrevista ao Vulture, Michael Bendis, um dos criadores de Miles Morales, disse que a Marvel já tinha pensado sobre um reboot onde Peter Parker seria negro, mas a pergunta que ficava era: porque não um personagem completamente novo com capacidade de conquistar os corações do público?

Um Homem Aranha negro e porto riquenho.

Mas e agora?

Essa é uma das grandes polêmicas em relação a Miles Morales: apesar de fazer parte de minorias, isso raramente é abordado em seus primeiros quadrinhos.

Obviamente, o conceito de homem aranha é ser, acima de tudo, incrivelmente humanizado, mas se a origem de Peter Parker é importante para seu desenvolvimento, porque ignorariamos raízes tão fortes quanto as de Miles?

Mais importante do que apresentar personagens sóciorepresentativos, é entender e absorver suas políticas e histórias.

Afinal, qualquer um pode estar por trás da máscara.