Batwoman: Renascimento | A nova fase da heróina

Batwoman: Renascimento | A nova fase da heróina

9 Abril, 2018 0 Por Marcos Marques

Batwoman é uma das heroínas mais interessantes e diferentes da DC Comics. Assim como a Batgirl, ela apenas leva o nome de inspiração do Batman, mas sua historia é totalmente outra. Nos últimos anos, a personagem tem ganhado bastante relevância na DC: Batwoman é lésbica, e isso tem rendido muitas críticas positivas para a editora. O quadrinho da heroína foi até mesmo indicado ao Eisner Awards em 2010, um prêmio que homenageia grandes feitos em histórias em quadrinhos.

Em 2016 a DC Comics lançou a sua nova fase chamada Rerbirth, traduzida para o português como Renascimento. Após o sucesso da personagem em Novos 52, fase que serviu de inspiração para diversas animações e filmes da DC, eles resolveram investir nessa nova era e, é claro, que a Batwoman não poderia ficar de fora.

O encadernado Batwoman: Renascimento junta as edições originais de Batwoman: Rebirth 1-6 lançado nos Estados Unidos e traz uma trama bastante interessante para a personagem.

O quadrinho explora ao máximo um pequeno prelúdio da origem da personagem, focando principalmente em sua infância, mas a história principal gira em torno a ilha de Coryana, local onde Kate Kane ficou hospedada por um tempo após ter sido salva por Safiyah, a líder da região. As duas tiveram um breve relacionamento que não é bem recebido pelos aliados da líder.

Reprodução © DC Comics

A trama em si é bem interessante porque é possível sentir um protagonismo real da personagem. No entanto, só entende-se bem a história depois de um tempo: não sei se foi apenas minha experiência, mas precisei ler o quadrinho duas vezes, porque a falta de cronologia tornou a leitura um pouco confusa, embora não a ponto de se tornar um defeito grave.

Quanto a arte, os traços e movimentos são bem feitos. Destaco ainda as cenas de flashbacks, que tem uma cor mais suave e as vezes preto e branco.

Outro ponto que chama atenção é que em nem um momento a personagem é sexualizada, o que é maravilhoso e superpositivo. Além disso, é extremamente feliz que a DC esteja dando bastante visibilidade para a personagem, tendo em vista sua orientação sexual – é algo não só importante, mas também necessário.

Provavelmente, a Panini deve continuar lançando as demais edições, que já estão chegando ao público nos Estados Unidos. Neste caso, faremos uma continuação contando um pouquinho mais da história dos próximos volumes. Enquanto isso, dê uma passadinha na nossa matéria sobre a heroína para conferir um pouquinho mais da Batwoman.