Barbara Gordon prova seu valor em Batgirl: Ano Um
5 Março, 2018Batgirl: Ano Um é uma minissérie lançada em 2003 escrita por Scott Beatty, que já trabalhou com o Batman, o Coringa, o Asa Noturna e o Lanterna, e Chuck Dixon, anteriormente quadrinista da Marvel Comics, mas já com alguma experiência com os personagens de Gotham. A arte conta com Marcos Martin (Demolidor, Homem-Aranha, Doutor Estranho e etc) e Alvaro Lopez.
Apesar do seu nome como heroína ter uma ligação com o Batman, a historia de Batgirl é bem diferente da do Morcego. A minissérie apresenta Barbara Gordon, uma recém formada na faculdade que quer seguir os passos de seu pai, o comissário Gordon. Mas não é nada fácil para Barbs, já que ela tem de enfrentar uma série de preconceitos e um pai superprotetor. Então, Barbara resolve adotar sua identidade como Batgirl, chamando a atenção do Batman e de outros vilões.
A história que se apresenta em volta da personagem é muito comum no nosso mundo real: uma pessoa que esta procurando sua vocação na área profissional e infelizmente não consegue, ou existem barreiras pra que aquilo não aconteça, no caso da Barbara, seria seu próprio pai. A heroína tenta provar a todo momento que é mais do que o seu pai pensa, do que seu professor de Jiu-jitsu pensa e do que a sociedade pensa dela. Mas não confunda: Barbara não quer ser aprovada, ela quer se provar e provar aos outros que uma mulher pode ser o que quiser. Em vários momentos ela reforça que não quer ser “guru de policial”, ela quer a ação, adrenalina e quer ser radical.
Diversos momentos da história mostram uma determinação sem fim da Barbara. Quando ela finalmente resolve vestir um uniforme similar ao do Batman, ela diz que o motivo não é se inspirar no mesmo, mas sim provocar o seu pai. Ao longo da série, ela tenta lidar com alguns vilões, tais como o Mariposa Assassina e o Vagalume, mas também é todo tempo testada por Batman e por Robin.
A leitura tem fácil compreensão e é um tipo de historia mais leve e íntima, fazendo com que o leitor entenda o real motivo da luta de Batgirl e porque essa necessidade de se provar o tempo todo. A historia impõe muito o estereótipo de mulher fraca, mimada e que não tem competência pra fazer “trabalho de homem”, mas todo esse padrão é quebrado pela própria protagonista.
É uma historia divertida, e acredito que se você não costuma ler historias da DC Comics ou desse universo de Gotham City, está aí uma boa forma de começar. Se tiver interesse, você pode adquirir o seu exemplar aqui.
Lembrando que a Warner confirmou oficialmente na Comic Con de 2017 o filme da Batgirl, que não tem data de estreia definitiva. Recentemente foi anunciada a saída de Joss Whedon da direção do longa.
Se falar mal da Beyoncé o pau vai comer.